27 de junho de 2008

Cozinha gastromotiva


Essa iniciativa merece ser divulgada. Clique na imagem para ampliar.

Prezados Parceiros,

Segue mais uma oportunidade, para jovens com ensino médio completo, 18 a 29 anos e renda familiar até R$ 2 mil.

Peço que, se possível, divulguem a grupos de interessados que vocês tenham contato.

Abraços,

Mauricio Homma

Coordenador de Responsabilidade Social

Universidade Anhembi Morumbi



26 de junho de 2008

Por quanto tempo mais...

... será que terei que sobreviver sem máquina fotográfica?
Preciso levar a minha para ver se tem conserto, mas no meu atual nível de gastos inesperados com a casa e com o carro estou até com medo de ir à assistência técnica.
Paciência. O jeito é continuar roubando a do meu irmão sempre que possível.

Blaukraut

Ou repolho roxo, que fiz refogado e com gosto de mamãe!

* 1 repolho roxo fatiado bem fininho (o que usei devia ter uns 13cm de diâmetro e era orgânico)
* 1 cebola média picada
* 1 maçã verde também fatiada bem fininha, com casca e tudo
* 1 colher de sopa de limão
* 2 colheres de chá de farinha de trigo
* sal e pimenta moída na hora à gosto
* água quente

Numa panela, refogue a cebola. Fora do fogo, adicione a farinha e incorpore bem - fora do fogo para não empelotar! Adicione o repolho, a maçã, o suco de limão e abafe em fogo baixo. Vá acrescentando água quente à medida que o repolho murcha. Use apenas o suficiente para não grudar na panela e não queimar. No final, tempere com a pimenta e o sal.
Vai bem com um purê de batadas e salsichas defumadas. Minha mãe gosta de purê e ovo frito para acompanhar. Já eu, como só o repolho mesmo e sou feliz.
Espero que gostem, fico devendo a foto.

Ainda que sem foto... Sopa de músculo

Nunca fui muito fã de sopas ralinhas. Quando muito, eram as cremosas que me atraiam. Mas o paladar da gente muda, que bom.
Quando Marly morava em São Paulo, freqüentemente nos reuníamos na casa dela para papear, tomar cerveja, pedir pizza e às vezes cozinhar. Foi por causa dela que resolvi comprar uma panela de pressão. Na verdade, por causa da sopa que saiu - quase que no mesmo tempo de fazer uma de pacotinho - da panela dela. E muito mais deliciosa, claro.
Ontem resolvi fazer o repolho roxo refogado (receita daqui a pouco) que minha mãe sempre faz e que sempre adorei. Mas estava sem cebolas. Parei no mercado. No caminho vinha pensando na sopa da Marly que há dias não sai da minha cabeça. Com o frio que no momento assola São Paulo, quer jantar reconfortante melhor? Repolho com gosto de mãe (que comi roubado da panela) e SOPA. Para quem não ERA fã de sopas ralinhas, acho que me sai foi é muito bem, obrigada.

Eu fiz assim:

* 700 g de músculo (que depois de limpo e separados dois bocados para a Lila e o Camarão deve ter ficado com uns 500g)
* 1 cebola média picada
* 1 dente de alho inteiro
* 5 cenouras (eram pequenas) em pedaços generosos (para não ficar muito passado no cozimento, deixei os pedaços com aproximadamente 3cm; ainda assim, ficaram meio cozidas demais)
* 3 mandioquinhas em rodelas
* 2 tabletes de caldo de carne
* parte da rama das cenouras (o restante vou refogar em outro momento)
* pimenta do reino branca moída na hora - à gosto
* sal, se achar necessário - eu não coloquei, os caldos são mais que suficientes
* 1,5 l de água já quente (ou o quanto puder colocar para preencher 1/3 da panela de pressão)
* 3 colheres de sopa de azeite

Depois de limpar a carne, cortei-a em cubinhos grandes (de uns 2 a 3 cm). Aqueci duas colheres de sopa de azeite na panela de pressão e selei a carne até ficar dourada em todos os lados e eliminar um pouco da água. Logo retirei a carne da panela e reservei.
Nessa mesma panela aqueci o restante do azeite e nele refoguei a cebola e o dente de alho inteiro (depois ele se desmancha). Acrescentei a mandioquinha, as cenouras, a carne e água (já quente,!) suficiente para encher 1/3 da panela de pressão - o limite de panelas de pressão costuma ser esse, atente para a segurança. Adicione nesse momento os tabletes de caldo de carne (pode ser de legumes também) e as ramas de cenoura.
Como as ramas de cenoura cozidas por muito tempo ficam molengas e eu não gosto muito da textura que adquirem, fiz um maço bem amarrado que retirei antes de servir a sopa. Assim, ficamos com as vitaminas (I hope so!) e com o gosto. Lila adorou comer as ramas cozidas hoje de manhã.
Tampe a panela, leve ao fogo e, depois que adquirir pressão, cozinhe em fogo baixo por 25 a 30 minutos. Minha sopa cozinhou 30 minutos e acho que foi um pouco demais, pois as cenouras ficaram um pouco passadas (porem saborosas). Já o restante estava excelente.

Além do músculo, não me lembro o que Marly usou na sopa dela. Mas essa matou minha vontade. Só as saudades não puderam ser matadas dessa vez: ela não estava em casa para atender o telefone...

Camarão e Lila

20 de junho de 2008

Mais um convescote no parque


Dessa vez, para comemorar a formatura do curso de jardinagem.
As aulas acontecem no Parque Ibirapuera: quer melhor maneira de comemorar do que num piquenique ao ar livre, debaixo de uma Tipuana, com gente maravilhosa?
Como o evento foi organizado com antecedência, dava para saber mais ou menos o menu do convescote. Resolvi levar algo leve e saudável: palitos de cenoura e de pimentão verde (lamentavelmente não consegui comprar aipo) com um patê-dip-molhinho de ricota.

Fiz assim:

* 300g ricota fresca (daquelas mais molhadinhas)
* 1 caixinha de creme de leite
* 1 tomate picado em quadradinhos bem pequenos
* dill (ou endro) - usei mais ou menos 2 colheres de sopa do dill que estava congelado
* 1 pitada de canela
* 1 colher de sopa de vinagre de laranja
* sal e pimenta do reino à gosto

Esfarelei bem a ricota e adicionei os demais ingredientes. Depois de misturar bem, deixei passar a noite na geladeira para pegar bem o gosto dos temperos.

Para levar tudo ao parque sem estragar - a comemoração foi depois da aula de encerramento - fiz assim: deixei os palitos de cenoura e os de pimentão num potinho com tampa com um pouco de água mineral dentro da geladeira durante toda a noite. De manhã, enquanto tomava meu desjejum, coloquei esses potinhos no freezer. Ficou tudo levemente congelado. Levei esse pote e o da ricota num isopor com gelo e um suco em embalagem tetrapack que eu havia também congelado.
Errei só numa coisa: o suco não descongelou para a hora da festança, ainda bem que outras pessoas também levaram bebidas ;-) .

12 de junho de 2008

Manteiga aromatizada

Quando eu era criança minha mãe costumava amassar manteiga com queijo rockefort para usar como entrada ou aperitivo com torradas. Nham! Que lembrança gostosa.
Quando fiz o primeiro curso do Sabor de Fazenda serviram uma baguete recheada com manteiga com ervas. Um espetáculo! Estava quentinha.
Semana passada fiz uma manteiga com sálvia e limão. Deliciosa! Ela nasceu para acompanhar um creme de couve-flor, depois foi usada em batatas assadas na brasa e também em pão. O aroma é quase indescritível: primeiro você identifica o limão, logo percebe o perfume da sálvia e da inconfudível manteiga. Quando usada em comidas quentes, perfuma todo o ambiente. Experimentem!


Manteiga com sálvia e limão

* 200g de manteiga em temperatura ambiente
* folhas de sálvia bem picadinhas (usei aproximadamente 15 folhas)
* raspas de limão (usei 1/3 da casca do limão em raspas)
* papel manteiga

A quantidade de sálvia e de raspas de limão pode variar conforme seu paladar.
Numa tijela, amasse a manteiga com um garfo, junte a sálvia e as raspas de limão e misture bem. Logo coloque a manteiga sobre o papel manteiga e forme um rolinho. Feche ambas pontas como se estivesse embrulhando uma bala e leve à geladeira para endurecer. Depois é possível cortar fatias que, dispostas numa travessinha, são muito práticas já que porções individuais dão menos trabalho aos comensais.

Eu particularmente gosto de fazer mais de um "embrulhinho". O sabor é muito característico e pode enjoar comer com freqüência. Dessa maneira é possível congelar algumas porções para outras oportunidades. O legal é fazer com o tempero que tiver à mão ou que combinar mais com seu prato e desejo: use manjericão fresco, alecrim, tomilho, hortelã, uma mistura de ervas... Faça como a inspiração mandar!

A baguete do curso foi cortada ao longo (sem separar as metades) e coberta com a manteiga temperada (ainda em temperatura ambiente, para facilitar). Logo foi fechada e cortada em fatias grossas. Levada ao forno pré-aquecido e bem quente, ela esquentou e a manteiga derreteu penetrando no pão. Foi servida enquanto permanecia quente e exalando um aroma maravilhoso, com um carpaccio de tomate e outros quitutes orgânicos mais. Dá para imaginar?

Na ponta do mouse

:-)

Tem link para cá lá no Na ponta do Mouse. Vai lá, muitas receitas interessantes e baratas esperam por nós.

4 de junho de 2008

Sete grãos

Ontem foi um dia atípico. Madruguei para estar no escritório às 7h00 e poder fugir às 13h30 para a oficina de composteira caseira (que foi muito legal). Como acabava cedo, os planos eram resolver coisas na rua. Mas minha cabeça-de-vento não permitiu: esqueci as coisas a serem resolvidas em casa...
Pois bem, voltei para casa e me recusei a sair e percorrer o mesmo trajeto de novo e poluir tudo mais uma vez. Assim deu tempo de fazer um jantar, coisa que raramente ocorre durante a semana.
O pacote de 7 grãos esperava por sua vez no armário. Comprei um filé de frango para acompanhá-lo. Na embalagem diz que uma xícara de grãos serve duas pessoas, mas serve três ou quatro, dependendo dos acompanhamentos. Como queria sentir bem o gosto dos 7 grãos, os cozinhei apenas em água, sem colocar sal. Ficou delicioso! Na foto vocês podem ver um pouco de manteiga temperada com sálvia e raspas de limão em cima dos grãos.
Como adoro cebola refogada, aproveitei a chapa quente para fazê-las e foram um acompanhamento muito bom para os grãos e o filé de frango grelhado, que foi temperado com limão enquanto crú.
Para que o filé não fique seco, evite furá-lo com garfo para virar, pois os sucos se perdem. Use uma pinça (de cozinha - tem outro nome mais legal para essa ferramenta?), uma espátula ou fure apenas na beiradinha. O sal e a pimenta do reino branca moída na hora são colocados apenas no final, com o filé pronto para ir para o prato.


2 de junho de 2008

Ainda bem que esfriou

O clima, não a comida. Eu havia comprado mandioca orgânica para fazer o cozido e São Pedro resolveu nos brindar com dias quentes... E dias quentes não combinam com um cozido borbulhando na panela de barro. Ainda bem que esfriou (mas agora meus pés são dois cubos de gelo, hahaha!).

Sábado foi dia de almoço lá em casa, com amigos.
O cardápio foi Cozido da fronteira com charque e mandioca (a receita peguei no blog da Neide), couve refogada (que estava a ponto de estragar na geladeira, que pecado!), batatas e cenouras assadas e pudim de leite para sobremesa.

Bando de gafanhotos que somos, ficou apenas um fundinho de panela que degustei hoje na hora do almoço. Raspas e restos interessam sim senhor!

***

Há pouco descobri o novo blog da Chris e da Laila, o "Na Ponta do Mouse". Gostei do enfoque e quis colaborar, por isso fiz as contas desse almoço.
Éramos em cinco. As batatas e cenouras assadas (no forno com um pouco de azeite e nada mais) eu fiz com medo de que a receita do cozido (para 4) não fosse suficiente.

cozido - R$ 11,01 ou R$ 2,20 por pessoa
batatas + cenouras (orgânicos) - R$ 6,00 ou R$ 1,20 por pessoa
pudim - R$ 8,33 ou R$ 1,66 por pessoa

total - R$ 25,34 ou R$ 5,07 por pessoa

As visitas trouxeram as bebidas, portanto não estão na conta.

***

A receita do pudim de leite da Dadivosa

No copo do liquidificador, bata seis ovos, duas latas de leite condensado e use a lata para duas medidas de leite. Despeje a mistura na forma caramelada, cubra com papel alumínio, apóie em uma assadeira maior (redonda ou quadrada, desde que a altura chegue pelo menos à metade da forma do pudim) e leve tudo ao forno. Com um bule, ou chaleira, ou leiteira e cuidado, despeje água na assadeira até perto da metade da altura da forma do pudim. Parece complexo, mas tenha fé. Conte 45 a 50 minutos e faça o teste para saber se o pudim assou: levante um cantinho do papel alumínio e espete uma faca no pudim. Se sair limpa, está pronto.

Espere arrefecer e guarde na geladeira por pelo menos quatro horas, até gelar bem. Fique de olho em intrusos, utilize os dispositivos de segurança de sua preferência. Para desenformar, aqueça a forma por uns segundinhos na boca do fogão, para o caramelo derreter um pouco. Passe uma faquinha rente às laterais e ao cone central, para soltar tudo bem, cubra a forma com um prato de servir e, em manobra rápida e precisa, vire seu pudim para que ele seduza os convivas em toda sua formosura.

Dona Fu

Como prometido, a foto de Fu, a formiga convidada especial do convescote no parque.


Na foto ela passeia sobre o fundo da minha panela de barro, para ver se sobrou algo do cozido da fronteira. Lamento, Fu, estava bom demais para sobras.